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 O Grupo Fala Tambor é o primeiro grupo de samba de roda da cidade de Belo Horizonte e do estado de MG. Está registrado como Associação Movimento Cultural Fala Tambor. Também foi o primeiro movimento cultural tombado como bem cultural imaterial afro brasileiro da cidade de Belo Horizonte, no Inventário Tradições Afro Brasileiras, realizado pela Fundação Municipal de Cultura.

      Criado em 2000, em Belo Horizonte, por Carlinhos de Oxossi percussionista, cantor e compositor, o grupo Fala Tambor é formado por um corpo cênico-vocal, produz suas leituras, criações e recriações contemporâneas, a partir da influência da cultura de matriz africana. Todo trabalho desenvolvido foi feito a partir de pesquisas de ritmos e danças provenientes dessa matriz durante os dez  anos de existência do Grupo. Atualmente possui um acervo de 90 composições próprias, nas expressões musicais de samba-de-roda, congo-frevo e afoxés.

     O Fala Tambor coloca em cena o genuíno samba de roda, de forma interativa e inovadora. Durante os espetáculos apresentamos, nossas cantigas e ritmos resgatam de forma peculiar a trajetória do povo africano e toda sua herança musical que influencia o Brasil. Ritmos variados, como o quebra-cabloco, cabula, monjolo, congo, arrebate, rebate e barra-vento integram o repertório musical do Grupo.

        Cantores, percussionistas e bailarinas desta trupe dão vida a esta musicalidade, estabelecendo com o público uma parceria lúdica e poética na interpretação de sua obra autoral, que reúne musica, canto e dança afro-brasileira.

``Reverenciamos´´ o povo Bantu, com a musicalidade afro descendente, por meio da leitura corporal das bailarinas e sua interatividade com o jogo cênico e diversidade rítmica das canções musicadas para  tambores, que retomam o diálogo com os batuques das senzalas e quilombos.

         Além do trabalho de pesquisa musical, criação e apresentação de espetáculos musicais de Samba de Roda, o Fala Tambor também realiza um trabalho de formação, através de palestras, cursos e oficinas, contribuindo para a preservação e difusão do conhecimento sobre os bens e patrimônio cultural de matriz africana radicada no Brasil.

      Um exemplo é o projeto social voluntário feito junto a crianças e  adolescentes da Escola Municipal São Rafael, na comunidade do São Rafael/Pompéia, viabilizando danças, oficinas  de  percussão e leitura  rítmica  do samba de roda. O grupo também possibilita a participação da comunidade e público interessado, através de ensaios abertos, que acontecem na Rua Ouro Branco Nº.38, do Bairro Pompéia, toda Sexta-feira de 19:00 às 21:30.